Banco Mundial apoia criação de Monitor de Secas do Nordeste
Sistema vai ajudar técnicos no acompanhamento das estiagens;
mecanismo vai criar mapas mensais para indicar a gravidade da seca e os
impactos causados na região.
Mariana Ceratti, do Banco Mundial em Brasília, para a Rádio ONU.
O Banco Mundial é parceiro do Monitor de Secas do Nordeste do Brasil,
que será lançado esta terça-feira, Dia Mundial da Água, pela Agência
Nacional de Águas (ANA), o Ministério da Integração Nacional (MI), o
Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e os governos estaduais da
região.
Por meio desse mecanismo, técnicos acompanham a evolução das
estiagens na região e publicam mapas mensais indicando a gravidade da
seca e seus impactos. Os mapas estão disponíveis gratuitamente no portal
do monitor.
Mapas
A ferramenta une e integra instituições que antes estavam trabalhando
separadamente no enfrentamento às secas. O monitor consolida dados
estaduais e federais e analisa indicadores meteorológicos, hidrológicos e
agrícolas. Os mapas gerados com tais informações dividem a seca em
cinco categorias, de fraca a excepcional.
Com isso, o Brasil poderá lidar com o fenômeno de forma planejada e
permanente, ao invés de somente agir quando a situação for grave. É o
que explica Marcelo Asfora, diretor-presidente da Agência Pernambucana
de Águas e Clima, uma das entidades parceiras do monitor.
"A seca sempre foi vista como uma fatalidade. Ninguém tratava de
forma preventiva. O Monitor de Secas representa uma mudança de
paradigma".
Desde 2012, o Nordeste vem sofrendo a seca mais grave dos últimos 100
anos. Francisco Teixeira, secretário de Recursos Hídricos do Ceará e
ex-ministro da Integração Nacional, destaca o poder do monitor para a
consolidação de políticas públicas.
Políticas Públicas
"Você consegue integrar melhor as diversas políticas públicas, antes
de mais nada, e consegue consolidar num portal todas as informações
necessárias tanto para se preparar melhor para as secas futuras como
para se trabalhar no âmbito de uma seca que está acontecendo".
A criação do Monitor de Secas começou no fim de 2013. As instituições
participantes se basearam em metodologias já usadas nos Estados Unidos e
no México e que foram adaptadas ao Brasil. Em agosto de 2014, o monitor
passou a operar de forma experimental.
Além do Banco Mundial, que atuou no desenho e na implementação
experimental, a criação do Monitor de Secas contou com apoio de
parceiros internacionais. Entre eles, o Centro Nacional de Mitigação de
Secas, dos Estados Unidos, e a Comissão Nacional da Água, do México.
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