domingo, 24 de abril de 2016

Tecnologia x Saúde

Tablet e celular são vilões para os olhos

Estudo revela que 21% das crianças que usam aparelhos por até 6 horas têm problema de visão


Não é fácil convencer a pequena Rebecca, de 9 anos, de que o celular não pode acompanhá-la na cama antes de dormir, horário em que a menina costuma assistir à novela ‘Carrossel’ na tela do smartphone. Entretanto, controlar o vício de crianças cada vez mais jovens em celulares e tablets tem sido uma forte preocupação dos pais, que, alertados por estudos e especialistas, não querem ver a visão e a coordenação psicomotora dos filhos prejudicadas.

gerente de relacionamento Lívia Cavalcante, mãe de Rebecca, explica que o uso das tecnologias por parte da menina é monitorado. Estudante do período vespertino, ela tem acesso ao celular 30 minutos pela manhã, antes do colégio, e 30 à noite, quando chega em casa. “Se deixar, ela usa até no banheiro, na hora de dormir, de acordar”, comenta.

Maioria dos lares brasileiros acessa internet por smartphone: uso excessivo pode acarretar problemas de visão e comportamento em crianças
Foto: Divulgação

Segundo a mãe, a miopia de Rebecca e de outras crianças tem sido potencializada pelo manuseio cada vez mais precoce desses dispositivos, uma ideia que reverbera entre especialistas. Um estudo do oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, do Instituto Penido Burnier, observou 360 crianças, de 6 a 9 anos, que usavam o computador por até seis horas ininterruptas. Delas, 21% apresentaram dificuldade de enxergar a longa distância, número bem acima dos 12% apontados pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia.

O problema se agrava ao analisar a rápida ascensão dos smartphones, que, de acordo com uma pesquisa recente do IBGE, já ultrapassam os computadores em território nacional. Dos 36,8 milhões de lares que participaram do levantamento, 80,4% utilizam o dispositivo. Isso inclui outros problemas de visão, como a fadiga visual, e gera consequências mais indiretas, como a perda do sono, que não se limitam às crianças. O oftalmologista Queiroz Neto recomenda evitar o uso noturno de qualquer tipo de mídia, porque a luz azul contida nelas prejudica a produção de melatonina, hormônio responsável pelo sono.

A psiquiatria também estuda essa questão. André Brasil, da Associação Brasileira de Psiquiatria, ressalta que os adultos também são prejudicados por esse vício das sociedades urbanas. De acordo com ele, o ser humano tem tendência à solidão e ao isolamento, e a internet surge como uma válvula de escape para os mais tímidos. André Brasil traça uma analogia entre o vício em jogos e em drogas. Em ambos os casos, diz, há o prazer instantâneo, que, se for tirado do usuário, provoca abstinência. “A pessoa começa a ficar incomodada. São os mesmos fenômenos bioquímicos”, completa.

Em meio a isso tudo, há mães que já estão preocupadas com o futuro dos filhos pequenos. A fisioterapeuta Júlia Novaes, mãe do pequeno Gabriel, de 1 ano, acha difícil a criança não ter interesse em tecnologia enquanto os pais estão mexendo o tempo todo no celular. Para ela, o principal problema que o uso excessivo pode acarretar para a posteridade das crianças é um mau desenvolvimento da motricidade. “Elas ficam muito paradas”, lamenta.

Coordenadora do Centro Educacional da Lagoa, onde Gabriel estuda, Elizabeth Soto comenta que, lá, as tecnologias são usadas como ferramentas, não como fins. “Não negamos o avanço, mas não enfatizamos a brincadeira de computador. A escola tem que primar pelo desenvolvimento físico e intelectual”, opina Elizabeth, que desenvolve no colégio atividades psicomotoras de acordo com a idade das crianças.

DICAS PARA EVITAR A FADIGA VISUAL

Confira as recomendações do especialista Leôncio Queiroz Neto, do Instituto Penido Burnier:

1. Independente da mídia, evite em locais muito iluminados. Isso contrai as pupilas e diminui o contraste dos celulares.
2. Mantenha o celular a distância mínima de 30 centímetros e o monitor a 60cm.
3. O celular deve ficar 45 cm abaixo do olho e o monitor entre 10 a 20 cm.
4. Olhe para um ponto distante de 5 a 10 minutos a cada hora de navegação.
5. Aumente o tamanho das letras, regule a tela com o máximo contraste e pouca luminosidade.
6. Mantenha a tela do monitor ou celular sempre limpas.
7. Evite o ofuscamento não posicionando o monitor ou celular de frente para janelas.
8. Lembre-se de piscar voluntariamente quando usar internet fixa.
9.Quem passou dos 40 e tem presbiopia deve usar óculos apropriados para o computador. Muitos não utilizam.

http://odia.ig.com.br/mundoeciencia/2016-04-23/tablet-e-celular-sao-viloes-para-os-olhos.html

HIV_AIDS

Estudo norte-americano analisou 137 pacientes e estimou pela 1ª vez o aumento prematuro na idade biológica

A infecção por HIV causa um envelhecimento prematuro equivalente a cinco anos 
A infecção por HIV causa um envelhecimento prematuro equivalente a cinco anos 
SÃO PAULO - A infecção por HIV causa um envelhecimento prematuro equivalente a cinco anos em portadores do vírus, segundo um novo estudo americano publicado nesta quinta-feira, 21, na revista científica Cell. Embora atualmente os pacientes com HIV vivam saudáveis por décadas, graças à combinação de terapias com antirretrovirais, cientistas já haviam observado, em outras pesquisas, que eles mostram sinais de envelhecimento prematuro.
Usando técnicas epigenéticas para calcular o envelhecimento biológico de 137 pacientes, pesquisadores da Universidade de Nebraska, nos Estados Unidos, calcularam pela primeira vez que o envelhecimento precoce equivale, em média, a cinco anos. “As questões médicas ligadas ao tratamento de pessoas com HIV mudaram. Não estamos mais tão preocupados com as infecções causadas pelo sistema imunológico comprometido”, afirmou um dos autores do estudo, Howard Fox, do Departamento de Farmacologia e Neurociência Experimental da Universidade de Nebraska, destacando que a preocupação agora está relacionada às doenças relacionadas ao envelhecimento.
A ferramenta utilizada para realizar o novo estudo tem foco nas mudanças epigenéticas das células dos pacientes. A informação epigenética está contida em parcelas do genoma que não fazem parte da sequência do DNA, mas que têm um papel importante na regulação dos genes e podem ser herdadas.
Quando ocorrem as mudanças epigenéticas nas células, elas são transmitidas para as gerações seguintes de células, influenciando a maneira como os genes são expressos. Os cientistas usaram como biomarcador uma mudança epigenética específica, a metilação, que pode ter influência na maneira como os genes são traduzidos em proteínas. “Havíamos verificado em estudos anteriores que, à medida que envelhecemos, o processo de metilação é modificado em todo o genoma. Alguns chamam isso de entropia, ou deriva genética. Ainda não sabemos exatamente quais mecanismos dessas mudanças epigenéticas levam aos sintomas de envelhecimento, mas é uma tendência que podemos medir nas células das pessoas”, disse Fox.
DA PESTE NEGRA AO ZIKA: 11 EPIDEMIAS QUE ASSUSTARAM (E AINDA ASSUSTAM) A HUMANIDADE
Reprodução/Museu do Prado/Madri
Peste negra
A peste pode ser uma enfermidade muito grave para o ser humano, com taxa de letalidade que oscila entre 30% e 60%, se não é tratada
Grupo controle. Os 137 pacientes incluídos na análise participaram de um estudo de longo prazo que monitora indivíduos infectados com HIV em tratamento com combinações de terapias antirretrovirais. Os indivíduos escolhidos não tinham outras doenças que pudessem distorcer a análise. Também foram analisados 44 indivíduos HIV negativos, como controle.
Além de descobrir que a infecção por HIV aumenta a idade biológica do paciente em 4,9 anos, os cientistas também afirmam que essa alteração está associada a um aumento de risco de mortalidade de 19%.
“Um outro aspecto surpreendente é que não há diferença entre os padrões de metilação nos pacientes infectados recentemente (há menos de cinco anos) e os que têm infecção crônica (há mais de 12 anos)”, afirmou Fox.
Os autores do estudo dizem que é possível desenvolver drogas para amenizar as mudanças epigenéticas observadas no estudo. Mas as implicações imediatas são bem mais simples: eles afirmam que as pessoas com HIV devem saber que têm riscos aumentados de doenças ligadas ao envelhecimento – e devem trabalhar para reduzi-los, fazendo escolhas saudáveis em seu estilo de vida.

sábado, 16 de abril de 2016

Melhores sistemas de educação do mundo






Ranking com os sistemas educacionais mais bem-sucedidos do mundo. Veja a lista dos 10 países que oferecem os melhores programas de ensino:

 1 – Coréia do Sul

A competição entre Coréia do Sul e Japão foi muito acirrada, mas o ensino coreano saiu na frente e conquistou o primeiro lugar do ranking. A diferença entre os dois países é que a Coréia investe mais em educação infantil, garantindo sete dias semanais de aula. Em 2014, os coreanos gastaram o equivalente a 11 bilhões e 300 milhões de dólares em educação. Outro marcador importante do país é o índice de pessoas alfabetizadas, que chegou aos 97,9%.

2 – Japão

O Japão tem como foco dos seus investimentos a educação tecnológica, nas mais diversas áreas do conhecimento.

3 – Cingapura

O terceiro lugar foi dado a Cingapura, graças ao seu forte sistema de educação primária.

4 – Hong Kong

A educação primária, secundária e o ensino superior do país o fizeram alcançar a 4ª posição. Os alunos são alfabetizados em inglês, chinês e cantonês e menos de 6% da população não sabe ler ou escrever.

5 – Finlândia

Anualmente, o país investe mais de 11 bilhões de euros em educação.

6 – Reino Unido

Escócia, Irlanda do Norte e Inglaterra trabalham, cada um, em seu próprio sistema de ensino, criando altos marcadores educacionais para todo o Reino Unido.

7 – Canadá

Nas escolas canadenses, os alunos são alfabetizados em inglês e francês. O analfabetismo é praticamente inexistente, pois apenas 1% da população não sabe ler ou escrever. A maior parte dos investimentos em educação é voltada para o ensino infantil.

8 – Holanda

O país ficou na 8ª posição pois, apesar de ter um sistema educacional exemplar, o ensino médio na Holanda tem diversos pontos a melhorar.

9 – Irlanda

O que chama a atenção na Irlanda, além de um índice de alfabetização igual a 99%, é que todo o sistema de ensino, da educação básica à universidade, é gratuito e de alta qualidade.

10 – Polônia

O sistema de ensino polonês é sólido e de qualidade, da educação básica até os cursos de graduação.

       
http://www.mbctimes.com/english/20-best-education-systems-world