sábado, 21 de novembro de 2020

Plantas medicinais

 A palavra fitoterapia é derivada do grego phitos, que significa plantas, e terapia, que quer dizer tratamento. A fitoterapia é o recurso de prevenção e tratamento de doenças através das plantas medicinais, e a forma mais antiga e fundamental de medicina da Terra.

 Com o objetivo de estimular as defesas naturais do organismo, essa área é notoriamente empregada nas culturas indígena e africana. Nos monastérios, na era medieval, os religiosos dedicavam-se ao seu estudo e aplicações clínicas.

 Nesse mesmo período, os bruxos também assumiram importante papel no tratamento de feridas, associando-o às plantas medicinais.

 Os fitoterápicos podem advir de substâncias in natura, manipuladas ou industrializadas e tem se tornado cada vez mais populares entre os povos de todo o mundo. A fitoterapia, apesar de considerada por muitos como uma terapia alternativa, se enquadra dentro da chamada medicina alopática.

 Medicamento fitoterápico é toda preparação farmacêutica (extratos, tinturas, pomadas e cápsulas) que utiliza como matéria-prima partes de plantas, como folhas, caules, raízes, flores e sementes, com conhecido efeito farmacológico.

 O uso adequado de medicamentos fitoterápicos auxilia no combate à doenças infecciosas, disfunções metabólicas, doenças alérgicas e traumas diversos, entre outros e deve ser utilizado mediante orientação médica.

As plantas medicinais são usadas há muito tempo por nossos antepassados e são conhecidas por terem um papel importante na cura e tratamento de algumas doenças. Em algumas comunidades, essas plantas simbolizam a única forma de tratamento de determinadas patologias. Estima-se que aproximadamente 80% da população do planeta já tenha feito uso de algum vegetal para aliviar sintomas de alguma doença.

As substâncias encontradas nas plantas que permitem a cura ou tratamento de doenças variam de espécie para espécie e normalmente estão relacionadas com a defesa da planta e com a atração de polinizadores. Essas substâncias, quando possuem ação farmacológica, dão à planta a classificação de medicinal.

Plantas medicinais mais populares e para que servem

1- Alecrim

Conheça agora as 10 plantas medicinais que podem salvar a sua vida

Também conhecido por alecrim-da-horta, alecrim-de-cheiro, rosmarino, erva-da-graça e libanotis, o alecrim ele é utilizado desde o período da Grécia antiga. Inclusive, nesse período, ele era usado para tudo e qualquer circunstância. Como por exemplo, para produzir cosméticos, incensos, e ainda enfeitar coroas.

O alecrim, aliás, é rico em óleos essenciais, como limoneno e cânfora. Assim sendo, ele é uma das plantas medicinais mais usadas em compressas para aliviar contusões e hematomas. Além do mais, ele pode também diminuir algumas dores provocadas por doenças reumáticas e articulares.

Podemos dizer também que o alecrim tem princípios ativos que ajudam a combater a enxaqueca. Bem como lapsos de memória e a baixa de imunidade.

Para usá-lo, dilua 1 colher de café de óleo essencial de alecrim em 1 xícara de azeite de oliva. Por fim, esfregue o óleo na região dolorida, com massagens suaves.

Cuidados:
  • Pessoas sensíveis, podem ficar com a pele irritada, se usar topicamente;
  • Não engolir o óleo;
  • Altas dosagens, pode ser abortivo;
  • Epiléticos não podem usar a erva, principalmente no difusor.

2- Alho

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alho é rico em vitaminas como A, B1, B2 e C. Além de conter minerais como enxofre e iodo.

Por isso, conta com grande potencial anticancerígeno, caso seja consumido cru. Ele é também ser uma das plantas medicinais mais favoráveis para combater o colesterol alto.

Além do mais, o alho pode atuar como expectorante e antisséptico. E ainda ser capaz de aumentar a imunidade e aliviar problemas circulatórios.

Portanto, caso queira controlar o colesterol ou ter uma melhor expectoração, faça uma maceração com 1 colher de café (0,5 g) de alho e misture em 30 ml de água. Então, tome 1 cálice desse preparado duas vezes ao dia, antes das refeições.

Cuidados:
  • Existem pessoas alérgicas ao alho;
  • Pessoas que sofrem de gastrite, úlcera, pressão baixa ou hipoglicemia não podem usar;
  • Pessoas que forem fazer algum procedimento cirúrgico não é indicado que use ele nos dez dias anteriores. Pois, usando-o pode favorecer hemorragias indesejáveis;
  • Pelo mesmo motivo, não serve para quem já faz uso de anticoagulantes.

3- Arnica

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Provavelmente, a arnica é uma das plantas medicinais mais conhecidas. E serve contra dores musculares, contusões e assim por diante.

Vale destacar que sua eficácia já foi comprovada cientificamente.

E isso se deve, basicamente, à quercetina, substância responsável por aumentar a resistência dos vasos sanguíneos e da irrigação sanguínea. Ou seja, é exatamente por isso, que aqueles seus machucados com manchas roxas vão sumindo à medida que se administra a arnica.

Além disso, a arnica também contém inolina. Esse, por sua vez, é um componente que ajuda a aliviar a dor.

Vale destacar que a arnica é também usada para tratar problemas de pele, como acne e furunculose. E ainda pode ajudar a aliviar dores reumáticas, gota e tendinites.

Assim sendo, caso você queira produzir um gel para tratar contusões, basta usar uma parte de arnica fresca, 5 partes de álcool de cereais (encontrado em farmácias) e 5 partes de água. Se for armazenado corretamente, o preparado caseiro, aliás, pode durar até um ano.

Para prepará-lo, pique a planta e a misture com os outros ingredientes. Depois, deixe descansar por pelo menos 15 dias antes de usar. Por fim, baixa diluir a mistura a 10% para uso em compressas.

Cuidados:
  • A arnica contém compostos tóxicos, e por isso, sua tintura não deve ser ingerida, nem mesmo em chás com suas folhas e flores;
  • Vale destacar que ela também não pode ser aplicada sobre feridas abertas;
  • Seus efeitos colaterais incluem vômitos, aumento da pressão arterial e aborto;
  • Grávidas e mulheres que amamentam não podem usá-la;
  • A arnica potencializa sangramentos, especialmente se a pessoa toma remédios anticoagulantes;
  • Nunca a use com outras ervas. Pois, a mistura pode alterar a função das plaquetas.

4- Babosa

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Primeiramente, a babosa ou Aloe vera pode ser usada no combate à caspa, piolhos e às lêndeas. Além disso, ela é uma das plantas medicinais mais eficientes em tratamentos de inflamações, queimaduras e também na cicatrização de feridas. Ela também é altamente indicada para os cuidados com os cabelos e é muito comum em xampus e cremes.

Vale destacar a maior parte das vantagens da babosa se encontra em sua principal dupla de princípios ativos: aloeferon e antraquinona.

Enquanto o primeiro age na multiplicação celular, acelerando a cicatrização; o outro funciona como antisséptico. Inclusive, em alguns casos, é justamente essa propriedade que evita a queda de cabelos.

Assim sendo, para usá-la in natura, o ideal é que você esfregue as folhas de babosa cozidas no couro cabeludo. Então, deixe a polpa agindo durante 15 minutos e depois enxágue.

Outra opção, é cortar as folhas pela base, deixando escoar o sumo gosmento. Depois, é só passá-lo nos fios. Vale ressaltar que, caso sobre, a polpa só dura 2 dias na geladeira.

Cuidados:
  • Nunca ingerir a babosa;
  • Ela pode causar cólicas, hemorragias e nefrites. Pois, ela possui resinas que irritam o estômago e o intestino;
  • Além do mais, ela pode também ser tóxica para o fígado.

5- Camomila

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A camomila é umas das plantas medicinais mais mais usadas, especialmente em chás. Até porque a erva é usada para acalmar cólicas e tem propriedades anti-inflamatória. Isso tudo graças ao camazuleno, seu óleo essencial.

Vale destacar também que suas flores são repletas de substâncias emolientes, que ajudam a manter a hidratação da pele. Por isso, ela também é tão usada na indústria de cosméticos, em sabonetes, colônias e xampus.

Outra de suas funções mais famosas é como tônico digestivo. Pois, ela pode facilitar a eliminação de gases e estimular o apetite.

Além disso, a infusão concentrada pode ser usada em bochechos para tratar inflamação das gengivas. E por fim, ela também pode aliviar dores musculares, como por exemplo, na coluna e no ciático.

Caso você queira usá-la para aliviar irritações de pele, use 6 colheres de sopa de flores frescas de camomila para preparar uma infusão com 1 litro de água. Então, aplique o líquido em compressas sobre a área afetada.

Cuidados:
  • Algumas pessoas podem ter alergia da erva;
  • O excesso dessa erva pode causar mal-estar, enjoo e vômitos;
  • Ela deve ser evitada por grávidas e por quem estiver tomando remédios anticoagulantes.

6- Canela

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A priori, a canela pode ser usada contra gases e má digestão. E, apesar de ser uma das plantas medicinais mais eficientes da lista, ela também  é bastante usada na culinária, em remédios farmacêuticos e na indústria dos cosméticos.

Basicamente, a canela possui um óleo essencial rico em cinamaldeído. Sua principal função, aliás, é contra micro-organismos e fungos. Inclusive, a canela pode inibir moléculas envolvidas no processo inflamatório.

Além do mais, a importância da canela já é percebida há mais de quatro anos na China. Tanto é que eles sempre a usaram para tratar problemas gastrointestinais e cólicas menstruais. Vale destacar ainda que na Europa, no século 16, a canela chegou a ser a especiaria mais procurada, e custava muita grana.

Caso você queira usar a canela de forma medicinal, faça uma decocção com a casca desidratada. A medida idal é 1 colher de café para cada xícara de água.

Cuidados:
  • Em indivíduos sensíveis, a canela pode despertar reações alérgicas.
  • Ela também pode aumentar a pressão sanguínea. Por isso, não deve ser usada indiscriminadamente por hipertensos.

7- Coentro

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A priori, coentro é usado largamente como tempero. Contudo, ele também está entre as plantas medicinais mais fáceis de se usar.

O coentro, por exemplo, pode ser usado para facilitar a digestão e aliviar cólicas estomacais. Ele é também um ótimo remédio contra a ansiedade.

Basicamente, isso tudo se dá justamente por ele conter mucilagens, substâncias capazes de proteger a mucosa do estômago e do intestino.

Portanto, para combater gases e cólicas, o ideal é que você faça uma tintura com 1 colher de sopa de sementes de coentro secas em 1 xícara de chá de álcool de cereais a 60%. Então, deixe macerar por 5 dias e coe a mistura. Por fim, dilua 20 gotas em 1 copo de água e beba.

Cuidados:
  • As folhas usadas como tempero são tóxicas se consumidas em grandes quantidades;
  • Para aliviar problemas digestivos, recomenda-se as sementes.

8- Erva-cidreira

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A erva-cidreira pode ser chamada também de Melissa, chá-da-frança, cidrilha, citronela, erva-cidreira-europeia, cidreira-verdadeira, salva-do-brasil. E, cientificamente falando, é conhecida por Melissa officinalis.

Basicamente, essa é uma das plantas medicinais que merecem mais atenção na hora de comprar. Até porque pode ser confundida com o capim-limão ou com a melissa-bastarda.

Sobretudo, o seu chá pode ajudar a combater cólicas e gases. Além de ajudar a relaxar naqueles dias mais tensos, graças ao efeito calmante de seus óleos essenciais.

Vale ressaltar que a erva-cidreira pode ser usada ainda como analgésico e antiespasmódico. Agora se usado topicamente, em extrato, ela pode combater herpes labial.

Portanto, para tratar dores de cabeça e cólicas intestinais, o ideal é que você coloque em 1 xícara de chá, 1 colher de sobremesa de folhas e ramos frescos. Logo depois, adicione água fervente, abafe e espere amornar para coar.

Após ficar pronto, você pode tomar uma xícara de manhã e outra à noite.

9- Erva-doce

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A priori, a erva-doce é conhecida desde os tempos do Egito antigo. Mas, claro, ainda é muito usada hoje em dia, especialmente em alimentos, chás, licores, balas, sabonetes e cremes.

Além dessas utilidades, ela também serve como remédio contra gases. Inclusive, ela pode evitar contrações dolorosas do estômago e do intestino, ou seja, as populares cólicas. Basicamente, isso se dá devido à quantidade de óleos essenciais que contém, os quais agem na musculatura abdominal.

Portanto, a erva-doce pode agir contra cólicas infantis, gastrite nervosa, enxaquecas (especialmente as provocadas por problemas digestivos). E ainda pode ser usada como purificador do hálito. Exatamente, ela pode te ajudar a tirar o famoso “bafo de leão”.

Para aliviar enjoos, você deve usar 3 colheres de sopa de semente de erva-doce em 1 garrafa de vinho branco. Logo após, deixe descansar por dez dias e coe. Depois de pronto, você pode tomar um cálice antes das principais refeições.

Cuidados:
  • O uso não tem contra-indicações desde que seja nas doses indicadas;
  • Porém, em altas dosagens, o óleo essencial pode provocar efeitos tóxicos;
  • Grávidas não devem usá-lo.

10- Eucalipto



O eucalipto é também conhecido por Gomeiro-azul, mogno-branco, árvore-da-febre, ou então, cientificamente falando, por Eucalyptus globulus. Sobretudo, ele é considerado umas das plantas medicinais mais eficientes no tratamento dos pulmões.

O eucalipto, aliás, possui componentes como o eucaliptol e o citronelol. Juntos, eles podem deixar as secreções mais fluidas e fáceis de serem eliminadas, além de pode dilatar os brônquios, facilitando a saída do catarro.

As folhas de eucalipto também proporcionam alívio para quem sofre de problemas respiratórios, como a asma e a bronquite. A inalação dos vapores da planta, por exemplo, pode interferir nos vasos das mucosas do nariz, melhorando a respiração. Enquanto o óleo essencial barra a reprodução da bactéria causadora de tuberculose.

Vale destacar que o chá de eucalipto pode ainda baixar a febre e combater dores de ciático e da gota. Além de aliviar dores do reumatismo e estimular as defesas naturais do organismo. No mais, a planta pode servir como antisséptico e repelente de insetos.

Caso queira usá-la para sinusite (inalação), o ideal é que você jogue 1 litro de água fervente sobre 6 ou 8 folhas de eucalipto. Então, você só precisa aspirar o vapor 2 vezes ao dia.

Cuidados:
  • Nos casos de asma seca, pode ter efeito contrário, irritando mais e piorando o quadro alérgico;
  • Em excesso, pode causar sonolência, vômitos, transtornos respiratórios e até perda de consciência;
  • Grávidas, com doenças inflamatórias ou hepáticas graves não podem usar;
  • Crianças não devem fazer inalação nem usar o óleo essencial;
  • A planta também interage com vários remédios, como antidiabéticos e drogas metabolizadas pelo fígado.


Fontes:

http://portal.crfsp.org.br/comissoes-assessoras/apresentacao/2612-plantas-medicinais-e-fitoterapia.html


https://mundoeducacao.uol.com.br/saude-bem-estar/plantas-medicinais.htm


https://segredosdomundo.r7.com/plantas-medicinais/

sábado, 7 de novembro de 2020

Combustíveis alternativos

A demanda por sustentabilidade e as crises nos sistemas de abastecimento de combustíveis derivados do petróleo colocam em pauta diversos desafios, mas também oportunidades. Nesse cenário, os fabricantes de caminhões investem em tecnologias e pesquisas para que os protagonistas das estradas continuem atendendo às demandas de maneira sustentável. Ou seja, eles buscam viabilizar a redução dos poluentes, do consumo e dos ruídos e, principalmente, a utilização de combustíveis alternativos.

Entre as vantagens de abastecer a frota com combustíveis alternativos estão a diminuição da emissão de poluentes, a redução dos custos com combustível a médio e longo prazo, o declínio da necessidade de manutenção constante em virtude da “queima limpa”, o aumento da vida útil do veículo e a atenuação do impacto ambiental resultante da produção dos combustíveis.

O que parecia coisa do futuro já está se tornando uma realidade com a utilização de combustíveis renováveis por caminhões e outros meios de transporte. E você, já conhece os combustíveis alternativos? Confira agora quais são, como acontecem os processos de extração e as vantagens oferecidas por cada um deles.

1. Biogás

O biogás é um tipo de energia renovável —  um biocombustível — gerado em determinadas condições de umidade, acidez e temperatura a partir da atuação de bactérias fermentadoras de matérias orgânicas. Basicamente, esse gás é uma mistura de metano e dióxido de carbono. A utilização do biogás se justifica, dentre outras questões, pela sua relação com a matéria orgânica, ou seja, a partir de sua produção se torna possível reaproveitar o lixo orgânico.

Dentre os materiais utilizados na produção do biogás estão: esterco, restos vegetais, palhas, esgotos e outros resíduos “naturais”. Atualmente, ele é produzido por biodigestores anaeróbios, geralmente em áreas rurais e alguns espaços urbanos em países como China, Índia e Brasil. Com o avanço da tecnologia espera-se que os biodigestores ampliem suas capacidades para que o lixo possa ser mais bem aproveitado.

Atualmente, o biogás (biometano) é utilizado na geração de energia elétrica e como combustível para fogões e motores. No Brasil, a usina de Itaipu já conta com um sistema de produção que abastece parte de sua frota de veículos. O combustível pode ser utilizado também nos caminhões híbridos e adaptados ao gás natural veicular (GNV).

2. Biodiesel

O biodiesel pode ser obtido a partir da extração da glicerina do óleo de vegetais, como colza, mamona, amendoim, soja e girassol. A sua produção também pode acontecer a partir de gorduras animais, sendo, portanto, um dos combustíveis alternativos cujas fontes são renováveis.

A utilização do biodiesel como combustível já não é novidade. Ele pode ser utilizado na sua forma pura ou misturada para alimentar os veículos que utilizam o diesel como combustível. Em alguns postos, ele é comercializado sob o nome B2, o que quer dizer que há 2% de biodiesel e 98% de diesel tradicional.

3. Bioetanol

Dentre os combustíveis renováveis, o bioetanol possivelmente é o mais conhecido. Diferentemente do etanol tradicional produzido a partir de composições fósseis, o bioetanol utiliza como matéria-prima os vegetais. No Brasil, a principal fonte de extração é a cana-de-açúcar. Já nos Estados Unidos, o milho é utilizado como matéria-prima, enquanto na França utiliza-se majoritariamente a beterraba.

Além da origem renovável, quando comparado à gasolina, esse combustível pode proporcionar redução de 60% de emissões dos gases responsáveis pelo efeito estufa. Atualmente, o bioetanol é o único combustível líquido prontamente disponível para ser utilizado na substituição parcial da gasolina, o que representa um grande avanço, não é mesmo?

As montadoras já oferecem veículos movidos pelo E85, cuja composição é 85% de etanol e 15% de gasolina. O bioetanol também vem sendo testado e utilizado para abastecer baterias de carros elétricos. Não para por aí. Muitos caminhões da Scania funcionam de maneira híbrida e/ou com biocombustíveis. Tal feito reduz consideravelmente a emissão de poluentes e, claro, os custos com o abastecimento dos caminhões.

4. Eletricidade

Os carros movidos a eletricidade vêm ganhando cada vez mais espaço ao redor do mundo. O sistema funciona com uma bateria que armazena a energia e pode ser recarregada por meio de um sistema similar às tomadas tradicionais. No Brasil ainda são poucos os pontos de recarga disponíveis. A grande vantagem é a redução dos custos relacionados ao abastecimento e a baixíssima emissão de gases, mas isso não é novidade.

O grande avanço está nos caminhões da Scania. A empresa aposta na sustentabilidade e na tecnologia para inovar o setor de transportes com os caminhões elétricos que vão trafegar inicialmente pelas estradas eletrificadas da Alemanha. Vale lembrar que, para alcançar o ideal de sustentabilidade, os modelos de transporte alimentados pela eletricidade devem obter a energia de fontes renováveis, tais como a solar e a eólica, o que também vem crescendo a cada dia.

5. Gases naturais

Existem também outros tipos de gases naturais que podem ser utilizados como combustíveis alternativos para os caminhões, como o gás natural veicular (GNV), o gás natural líquido e o gás de petróleo liquefeito (GLP). Vejamos do que se trata cada um deles.

O GNV é formado pela mistura de hidrocarbonetos, os quais passam para o estado gasoso quando submetidos à temperatura ambiente e à pressão atmosférica. Ele é constituído, principalmente, por metano e pode ser extraído de rochas porosas localizadas no subsolo, sendo, muitas vezes, acompanhado pelo petróleo. A queima do GNV certamente é uma das mais limpas, e esse tipo de combustível apresenta uma das melhores relações custo-benefício, já que o consumo é inferior ao do etanol e da gasolina.

Assim como o GNV, o gás natural líquido também é extraído do subsolo. Ele é bastante similar ao gás de cozinha tradicional, entretanto se diferencia deste em razão da pressão e da temperatura a que é submetido, o que o torna líquido. Devido à grande quantidade de energia gerada por esse gás, ele passou a ser indicado e utilizado em grandes equipamentos, carros e caminhões.

O gás propano, mais conhecido como GLP, também é um hidrocarboneto (propano e butano) com incrível potencial energético. Ele apresenta maior densidade quando comparado ao gás natural líquido e à gasolina. Assim como os outros gases, o GLP pode ser obtido a partir do refino do petróleo e de outros combustíveis fósseis.

Esses são alguns dos combustíveis alternativos a serem considerados na hora de montar a frota! Substituir o abastecimento tradicional pode gerar grande economia, além de reduzir os impactos ambientais.

Fonte: https://juntosnocaminho.com.br/5-combustiveis-alternativos-para-voce-considerar/


Fontes alternativas de energia


Os modelos socioeconômicos atuais são baseados na sua dependência em relação aos combustíveis fósseis. A base energética da nossa sociedade é fundamentada no uso das chamadas energias convencionais: carvão, petróleo, gás natural e hidroeletricidade.

As fontes de energias convencionais têm causado grandes impactos negativos ao meio ambiente. Os modelos energéticos baseados no uso de combustíveis fósseis e seu processo de queima para obtenção de energia lançam à atmosfera gases poluentes que agravam o efeito estufa, aumentam o aquecimento global e alteram as condições climáticas de várias regiões. Esses modelos também são problemáticos porque são recursos não renováveis, e seu esgotamento já faz parte de intensos debates a respeito da necessidade de se ampliar a matriz energética por meio do uso de fontes alternativas de energia.

Fontes de energia renováveis e não renováveis

Fontes renováveis de energia são aquelas disponíveis na natureza durante um longo período, que são capazes de se renovar em um curto espaço de tempo, como energia solar e energia eólica. Pode-se dizer, assim, que são recursos inesgotáveis. Já as fontes não renováveis são aquelas que se esgotam com o tempo, não sendo capazes de se renovar, como os combustíveis fósseis.

Vantagens e desvantagens

As fontes alternativas de energia são uma opção de substituição do modelo energético atual, que se baseia no uso de combustíveis fósseis (poluentes e esgotáveis).

Veja as principais vantagens do uso de fontes alternativas de energia:

→ São consideradas energias limpas (menos poluentes) e inesgotáveis, podendo regenerar-se em pouco tempo na natureza.

→ Os impactos negativos na natureza são bem menores se comparadas ao uso de fontes não renováveis.

→ Comparadas ao uso de energia nuclear, as fontes alternativas oferecem riscos bem menores.

→ O uso dessas fontes é uma forma de se reduzir a dependência em relação ao modelo energético atual (uso de combustíveis fósseis).

Algumas fontes alternativas de energia podem sim impactar o meio ambiente. Veja as principais desvantagens do uso de fontes alternativas de energia:

→ As fontes alternativas de energia, como a solar e a eólica, produzem energia a preços relativamente baixos, porém os custos para sua construção estrutural ainda são muito altos. No entanto, com avanços tecnológicos, esses custos tendem a ser cada vez menores, viabilizando o acesso a essas fontes de energia à maior parte da população.

→ Apesar de ser considerada limpa, a energia eólica, que depende da instalação de aerogeradores, é capaz de provocar mudanças nas paisagens dos locais onde for instalada e pode também interferir no fluxo migratório de aves dessas regiões.

→ A utilização de biocombustíveis pode intensificar os problemas relacionados ao desflorestamento. O uso de biomassa para obtenção de energia, por meio da queima de plantas, madeiras e materiais vegetais e animais, requer ampliação de áreas para agricultura ou desflorestamentos para obtenção de madeira.

Tipos alternativos de energia

Fontes alternativas de energia apresentam maior disponibilidade e causam menos impactos ambientais, porém são pouco utilizadas por necessitarem de maiores investimentos tecnológicos que viabilizem economicamente seu uso.
 

O aproveitamento da energia solar representa uma opção limpa e com bom custo-benefício.
O aproveitamento da energia solar representa uma opção limpa e com bom custo-benefício.

Entre as fontes alternativas de energia, destacam-se:

1. Energia Solar

A utilização de energia solar como fonte de energia alternativa possui inúmeras vantagens. É uma matriz energética, é limpa, renovável, abundante e que apresenta bom custo-benefício. Nos Estados Unidos, já é bastante usada no aquecimento de água e na geração de energia elétrica. Países que se encontram nos trópicos – como México, Bahamas, China, Brasil e Paraguai – possuem grande potencial de obtenção dessa energia, em decorrência da grande insolação que recebem. O aproveitamento da luz solar, no entanto, ainda requer avanços na tecnologia para que seu uso seja viabilizado economicamente.

A energia elétrica por meio da luz solar pode ser obtida de duas formas:

• Direta: por meio de painéis de células fotovoltaicas ou por meio de coletores instalados no telhado das residências.

• Indireta: por meio de usinas, construídas em áreas em que a insolação é abundante, onde são instalados inúmeros coletores solares.
 

Aerogeradores eólicos usados para geração de energia eólica.
Aerogeradores eólicos usados para geração de energia eólica.

2. Energia Eólica

vento é um recurso natural abundante e, quando intenso, pode ser usado para a obtenção de energia, produzida a um custo, geralmente, baixo. Seu uso como gerador de energia iniciou-se no século XIX. Segundo a Revista Exame1, em 2017, cerca de 18% da energia gerada nos Estados Unidos provém de fontes alternativas de energia, como a energia eólica. O Brasil ainda não se destaca no uso de energia eólica, porém tem demonstrado alguns avanços, principalmente nos estados das Regiões Nordeste e Sul, que contam com a presença de ventos alísios.A obtenção de energia eólica ocorre por meio de equipamentos chamados aerogeradores eólicos, que convertem a energia cinética dos ventos em energia elétrica. Por esse processo não emitir gases poluentes para a atmosfera, essa energia é considerada uma fonte limpa. Apesar disso, a instalação de aerogeradores eólicos em fazendas provoca modificações na paisagem e prejudica as aves em suas rotas migratórias. Os aerogeradores ainda necessitam de avanços em seu desenvolvimento, pois ainda possuem um alto custo.

Saiba mais: Energia eólica no estado do Ceará

Biocombustíveis são produzidos por meio da queima de produtos da biomassa, como plantas e madeiras.
Biocombustíveis são produzidos por meio da queima de produtos da biomassa, como plantas e madeiras.

3. Biocombustíveis

O uso de biocombustíveis é feito por meio do aproveitamento da biomassa. A energia proveniente da biomassa pode ser obtida por meio da queima de plantas, madeiras, materiais vegetais e animais. Existem diversos processos que geram energia elétrica por meio da biomassa, como combustão direta, fermentação, gaseificação, entre outros. É uma fonte de energia pouco poluente, e seus recursos são renováveis. Os biocombustíveis produzidos pelo aproveitamento da biomassa são:

→ Etanol: gerado a partir da cana-de-açúcar, eucalipto, milho ou beterraba. É um combustível renovável e menos poluidor que a gasolina.

→ Biodiesel: produzido a partir de gorduras vegetais ou plantas oleaginosas. Foi consagrado como combustível ecológico, pois emite cerca de 60% menos gás carbônico e 90% menos enxofre que os combustíveis tradicionais.

→ Biogás: obtido por meio das reações anaeróbicas (sem oxigênio) da matéria orgânica encontrada nos lixos produzidos nas áreas urbanas e depositados em aterros sanitários. É utilizado como gás de uso doméstico e como combustível de veículos.

A utilização de biocombustíveis, contudo, apresenta aspectos negativos. Algumas dessas fontes alternativas de energia, para serem produzidas, utilizam muita água. A agricultura já é responsável por cerca de 70% do consumo de água do mundo. A expansão dessa atividade econômica, além de aumentar o gasto de água para viabilizar a produção de energias alternativas, demandaria o aumento de ocupação de terras e, consequentemente, do desmatamento.
 

A força das ondas é usada para produção de eletricidade.
A força das ondas é usada para produção de eletricidade.

4. Energia dos Oceanos

A energia dos oceanos é obtida por meio da força gerada pelo deslocamento das massas de água, que gera acúmulo de energia. O aproveitamento desse tipo de matriz energética pode ser feito por meio da energia das ondas, da energia das marés, da energia das correntes marítimas ou da energia térmica dos oceanos. O aproveitamento dessas energias demanda avanços e aperfeiçoamentos para que essa fonte alternativa possa ser difundida em todo o mundo. A energia dos oceanos é considerada uma fonte de energia limpa, por agredir minimamente o meio ambiente. A Noruega, por exemplo, é um dos países que já utiliza a força das ondas para produzir eletricidade.
 

Usina geotérmica na Islândia.
Usina geotérmica na Islândia.

5. Energia Geotérmica

A energia geotérmica provém do calor gerado no interior do planeta. Esse calor é transformado em energia elétrica nas usinas geotérmicas, que são construídas, geralmente, em zonas que possuem atividades vulcânicas, visto que, nesses locais, o vapor e a água quente encontram-se em profundidades menores e afloram na superfície. O calor é aproveitado para a produção de vapor, que move as turbinas das usinas. Por fim, os geradores transformam a energia cinética em energia elétrica. O uso dessa fonte de energia só é possível em razão da capacidade que a Terra tem de reter calor em seu interior.

A energia geotérmica possui aspectos positivos, como baixos custos para sua manutenção e não agressão ao solo. No entanto, os aspectos negativos são inevitáveis, pois a produção desse tipo de energia gera emissão de dióxido de enxofre, gás altamente prejudicial à saúde. Há ocorrências também de afundamentos de terra e contaminação de lagos nos locais onde são instaladas usinas geotérmicas.

A ampliação dos recursos energéticos é uma necessidade mundial, visto que o esgotamento dos recursos energéticos não renováveis já é uma realidade da nossa sociedade. Além disso, o modelo energético atual tem agravado os problemas climáticos, em decorrência das intensas emissões de gases poluentes à atmosfera, por meio da queima dos combustíveis fósseis. Para que isso seja possível, é preciso que a sociedade opte por alternativas que diminuam os impactos ambientais. Além disso, são necessários investimentos públicos e privados em tecnologias que geram energia limpa, pois a população precisa ter acesso a essas fontes alternativas.

Fonte:

https://brasilescola.uol.com.br/geografia/fontes-alternativas-energia.htm